Bioeconomia pode gerar faturamento de US$ 284 bi anuais no Brasil

Estudo, que tem parceria da Embrapa, considera trajetórias distintas até 2050

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Pinhão-manso em pesquisas para biocombustíveis. (foto o Bruno Laviola/Embrapa)

Pinhão-manso em pesquisas para biocombustíveis. (foto o Bruno Laviola/Embrapa)

24deJaneirode2023ás10:57

O estudo Potencial do impacto da bioeconomia para a descarbonização do Brasil, que acaba de ser divulgado, apresenta o cálculo, até então inédito, do potencial de faturamento anual que o País tem no setor: expressivos US$ 284 bilhões até 2050. 

Para chegar a esse número, o levantamento considera a total implementação da bioeconomia, que abrange três frentes, sendo a primeira delas as atuais políticas para mitigação de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no País.

As demais são a consolidação da biomassa como principal matriz energética em setores importantes da economia e a intensificação de tecnologias biorrenováveis.

A pesquisa foi elaborada em parceria entre a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), Embrapa Agroenergia, Laboratório Nacional de Biorrenováveis do Centro de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBR/CNPEM), Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai/CETIQT) e Laboratório Cenergia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cenergia/UFRJ).

“O estudo quantifica a bioeconomia em cenários de transição energética e avalia como as tecnologias geradas pela chamada economia circular e de baixo carbono podem complementar a transição energética”, afirma Alexandre Alonso, chefe-geral da Embrapa Agroenergia.

O documento avalia distintas trajetórias para o Brasil até o ano de 2050, a partir das quais propõe três cenários potenciais da bioeconomia no contexto de transição energética no Brasil.