FPA insiste no retorno da Conab, Incra e CAR ao Ministério da Agricultura

Bancada do agro também asseverou suspensão das linhas de crédito do BNDES ao setor

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"As mudanças sugeridas e aplicadas pelo governo dentro do Ministério da Agricultura enfraquecem o setor", disse Lupion. (foto - FPA)

"As mudanças sugeridas e aplicadas pelo governo dentro do Ministério da Agricultura enfraquecem o setor", disse Lupion. (foto - FPA)

15deFevereirode2023ás11:02

A Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) voltou a posicionar-se a respeito do esvaziamento do Ministério da Agricultura e Pecuária em reunião realizada ontem (dia 14) na sede da entidade em Brasília.

Os deputados e senadores da bancada abordaram, também, a suspensão das linhas de financiamento do agro pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e demais medidas provisórias que devem impactar o setor.

O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) comentou que qualquer governo tem o direito de estruturar os ministérios como melhor entender, entretanto, o enfraquecimento da Agricultura será combatido pela bancada representante da agropecuária no Congresso Nacional.

Ele refere-se à retirada da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do guarda-chuva do Ministério da Agricultura e Pecuária.

“O agro é o motor econômico do Brasil e o que acontece com ele reverbera em todo o país. As mudanças sugeridas e aplicadas pelo governo dentro do Ministério da Agricultura enfraquecem o setor e, por isso, estamos prontos para dialogar pela volta da estrutura anterior. A reorganização é necessária para preservar as conquistas até aqui”, explicou.

Para Lupion, órgãos importantes, até então vinculados ao MAPA, serem separados, não faz sentido. “Não consigo entender a agricultura familiar estar separada do agro do Brasil. A agricultura familiar é uma grande atividade econômica e representa a maior parcela da produção das cooperativas agrícolas. Não há porque tratarmos separadamente”, exemplificou.