Caso de "vaca louca" no Pará deve frear abates, diz especialista

Ministro Fávaro se reuniu hoje (dia 23) com embaixador chinês para avaliar cenário

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Frigoríficos estudam suspende abates até análise laboratorial indicar se caso é mesmo atípico. (foto - Faeg)

Frigoríficos estudam suspende abates até análise laboratorial indicar se caso é mesmo atípico. (foto - Faeg)

23deFevereirode2023ás14:42

Suspender os abates ou ver o preço da arroba cair? Para Marcelo Penha, analista do Instituto Para Fortalecimento da Agropecuária de Goiás, a confirmação de um caso de mal da vaca louca no Pará trouxe indefinição aos produtores sobre como agir nos próximos dias. 

“(o mercador) Vai depender muito da reação do produtor. Se ele continuar ofertando na mesma quantidade de animais para abate, a arroba pode cair sim”, explica Penha para quem o caminho mais previsível será frear o abate até um novo posicionamento do governo brasileiro.

Ontem (dia 22), o Ministério da Agricultura e Pecuária não só confirmou o caso de Encagalopatia Espongiforme Bovina em um animal no interior do Pará como anunciou a suspensão provisória de exportações para China, seguindo protocolo sanitário com o País.

Ainda de acordo com Penha, a notícia é acompanhada de perto por pecuaristas de Goiás, uma vez que o Estado abriga um rebanho de aproximadamente 22 milhões de bovinos, com quatro frigoríficos que exportam para a China.

De acordo com dados do Ifag, somente em 2022 as exportações de carne brasileira para o país da Ásia Oriental, representaram 67%, equivalente à carcaça. Somando um total de 8 bilhões de dólares – dois quais US$ 1,43 bilhão para Goiás.