Pecuaristas do Mato Grosso visam rever protocolo Brasil-China sobre vaca louca
Acrimat requereu governo para rever cláusula sobre suspensão das exportações em caso atípico da doença
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A China respondeu por 57% das exportações brasileiras do produto em janeiro. (foto - ilustrativa)
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) visa rever o protocolo entre Brasil e China que prevê a suspensão das exportações de carne bovina em casos atípicos de mal da vaca louca.
A entidade, que representa os pecuaristas do estado com maior rebanho do país, manifestou-se após a confirmação de um caso provavelmente atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina, nome técnico da doença, em uma propriedade no município de Marabá (PA).
O protocolo sanitário, firmado entre os dois países em 2015, determina a suspensão das exportações a partir da identificação da doença, mesmo que de forma atípica. Desse modo, com a confirmação da doença, a suspensão se iniciou nesta quinta-feira (23.02).
O diretor-presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, explica que essa suspensão é reflexo de um “acordo mal redigido”, que não fez a diferenciação entre a doença, que tem o tipo clássico e o atípico.
A doença atípica não causa nenhum prejuízo à saúde humana e, portanto, não oferece risco aos consumidores, seja no mercado doméstico como internacional. “Um acordo mal redigido não separou as duas formas da doença. E quando se identifica um caso ocorre automaticamente o embargo”, constata.