Mercado de milho está animado com safra recorde e alta demanda mundial
Conab avalia cenário favorável aos produtores do cereal; já o de algodão tem ritmo mais lento
|Entrada da China nas compras do milho brasileiro da safra 2022/23 é um importante fator para a pressão de alta nos preços. (foto - Sistema CNA/Senar)
Em geral, no agro, uma maior produção pode acarretar em queda no preço (uma vez que a oferta é maior). Porém, a regra não vale quando o assunto é a safra de milho 2022/2023.
Mesmo com estimativa de volume recorde, de 123,74 milhões de toneladas, a alta demanda e as incertezas de oferta do cereal no mundo tendem a garantir preços rentáveis aos produtores brasileiros.
A análise consta na edição de fevereiro do boletim AgroConab, publicado nesta quinta (dia 23) pela Companhia Nacional de Abastecimento.
Segundo a publicação, o cenário de mercado de milho permanece favorável ao produtor, apesar de problemas na oferta relacionados à “condição climática adversa que tem afetado o Rio Grande do Sul e que tem também causado impactos nas lavouras argentinas”, diz o texto.
“Há uma projeção de quebra de 9,6% na produção de milho no país vizinho, sendo a redução de 5,0 milhões de toneladas na comparação com os números iniciais da safra. Além disso, destaca-se a incerteza quanto ao escoamento do cereal da Ucrânia na Europa”, avalia o gerente de Produtos Agrícolas da Conab, Sergio Roberto Santos.