“Sistema tributário precisa ser simples e trazer competitividade para todos”, diz presidente da Fiesp
Para Josué Gomes, o atual modelo desestimula qualquer tipo de processamento da produção, inclusive no agro
|Fiesp pede que governo lance um programa nos moldes do “Plano Safra” para a indústria. (foto - Fiesp)
A proposta de mudança na legislação tributária brasileira – uma das principais metas do atual Governo Lula – pautou a reunião de diretoria da Fiesp, realizada ontem (dia 3), com a presença dos deputados federais Reginaldo Lopes e Aguinaldo Ribeiro.
Ambos integram o Grupo de Trabalho da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, como coordenador e relator, respectivamente.
No debate, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, argumentou que as regras tributárias atuais desestimulam a agregação de valor e defendeu que a mudança será favorável para todos os setores produtivos do Brasil.
Ele citou, como exemplo, o fato de que muitos empresários do agronegócio atualmente preferem exportar produtos in natura porque o atual sistema de cobrança de impostos desestimula qualquer tipo de processamento de sua produção, o que agregaria valor às exportações.
“O Brasil é grande produtor de grãos de café e poderia produzir e exportar sachês, em vez de importar. Porém, a cumulatividade de créditos contra os entes federados é um mal do nosso sistema tributário, por gerar resíduos ao longo da cadeia produtiva, o que inviabiliza qualquer negócio”, disse.