Irrigação por gotejamento traz “sabor extra” ao café
Sistema de precisão, além de garantir a água e fertilização, reduz custos de cafeicultor
O cafeicultor Lucas Batista está aliviado por não precisar mais se preocupar com a falta de chuvas. (foto - Lucas Batista)
Uma xícara de café precisa da quantidade certa de água para atingir seu sabor perfeito. O mesmo vale para as plantações de café, a fim de alcançar o maior desempenho de produção e o “sabor” de melhores margens de lucro.
Por isso, uma família de tradicionais produtores de café brasileiros adotou um sistema inteligente de irrigação por gotejamento para economizar custos e aumentar a produtividade.
A família Batista cultiva café há mais de 60 anos no estado de São Paulo, Brasil, mas percebeu que ainda havia espaço para melhorias. Ainda em 2008, os irmãos Lucas e Bruno Batista juntaram-se ao pai, Ailton, no Grupo AGAM, a fim de aprimorar as soluções tecnológicas.
Uma das prioridades se tornou a gestão da água. Antes, os 570 hectares da fazenda na região do município de Pedregulho nunca haviam utilizado sistema de irrigação.
Assim, a terceira geração de cafeicultores dos Batista começou a usar um sistema de irrigação convencional há uma década e, desde 2017, um “sistema de irrigação inteligente”.
“Quando começamos a usar um sistema de irrigação simples, há 10 anos, obtivemos bons resultados imediatamente. Por isso, há 5 anos, buscamos um sistema de gotejamento digital e inteligente”, afirma Lucas Batista, diretor agrícola do Grupo AGAM.
Retorno do investimento
Atualmente, eles cultivam café em 350 hectares, dos quais 150 ha usam o novo sistema de irrigação por gotejamento. O retorno sobre o investimento foi alto desde o início, graças ao aumento da produtividade e redução de custos.
A primeira safra com o novo sistema rendeu 70 sacas de café arábica por hectare, enquanto a média sem irrigação é de 35 sacas. Comparado ao sistema de irrigação “tradicional”, o sistema inteligente da Netafim economiza 30% no uso de água e eletricidade.