Lula leva “bolo” de Zelensky no G7: “estou chateado”

Presidente brasileiro defende que os dois lados do conflito entre Rússia e Ucrânia precisam ceder se querem a paz

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Países europeus e os Estados Unidos, que apoiam os ucranianos no conflito, faziam pressão para que Lula e Zelensky se reunissem

Países europeus e os Estados Unidos, que apoiam os ucranianos no conflito, faziam pressão para que Lula e Zelensky se reunissem

22deMaiode2023ás10:59

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não compareceu a uma reunião bilateral agendada com o mandatário brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva ontem (dia 21), último dia do encontro do G7, que ocorreu no Japão.

Em entrevista coletiva ao final do evento, o próprio Lula admitiu que havia um horário marcado para uma conversa entre os dois, mas o líder ucraniano primeiro informou estar atrasado por meio de sua diplomacia e depois não apareceu.

O governo brasileiro informou que a organização da reunião bilateral entre Lula e Zelensky não foi possível por dificuldade na conciliação das agendas dos dois líderes mundiais. O governo brasileiro sugeriu mais de um horário, mas não houve acerto.

“O fato é muito simples. Tinha um encontro bilateral com a Ucrânia, aqui nesse salão, às 15h15 [de domingo]. Esperamos e recebemos a informação de que eles tinham atrasado. Enquanto isso, atendi o presidente do Vietnã e quando o presidente do Vietnã foi embora, a Ucrânia não apareceu. Certamente teve outros compromissos, não pôde vir aqui. Foi simplesmente isso que aconteceu. Não estou decepcionado, estou chateado”, explicou Lula.

Em entrevista, o presidente ucraniano confirmou a dificuldade. “Encontrei todos os líderes. Quase todos. Todos têm suas agendas próprias. Acho que é por isso que não pudemos encontrar o presidente do Brasil”.

Questionado se ficou decepcionado por não ter conseguido realizar essa reunião, Zelensky respondeu: “Acho que ele que ficou decepcionado”.

Fora de sintonia

Há algumas semanas, Lula tenta assumir um papel de protagonismo na tentativa de promover conversações ou, mesmo, mediar a paz na região do Mar Negro.