Agricultura tradicional de Minas Gerais vira Patrimônio Imaterial
Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) reconheceu o modo de colher as flores típicas na Serra do Espinhaço
|Flores sempre-vivas têm esse nome pela sua capacidade de resistência ao longo do tempo
O Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) de Minas Gerais reconheceu, por unanimidade, o sistema agrícola adotado por povos tradicionais que geram renda através da coleta das flores sempre-vivas na Serra do Espinhaço como patrimônio cultural imaterial do estado.
A medida valoriza as práticas que englobam técnicas ancestrais de manejo do meio ambiente. Além disso, deve beneficiar aproximadamente duas dezenas de comunidades localizadas nos municípios de Diamantina, Couto Magalhães, Olhos D´Água, Presidente Kubitscheck, Buenópolis, Serro e Bocaiúva.
Em nota divulgada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), a presidente do órgão, Marília Palhares, destaca que o reconhecimento contribui para a preservação dos saberes.
"São sábios, pois são várias comunidades que trabalham diretamente com seus territórios, o cuidado com os animais, o respeito às estações do ano, mudam a transumância e não utilizam produtos químicos”, explica.