Brasil exportou 35,6 milhões de sacas de café na safra 2022/23

Apesar da queda de 10% no volume frente ao ciclo passado, a receita na safra 2022/23 permaneceu estável

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No ano safra 2022/23, os Estados Unidos foram os principais importadores dos cafés do Brasil, com a aquisição de 6,857 milhões de sacas

No ano safra 2022/23, os Estados Unidos foram os principais importadores dos cafés do Brasil, com a aquisição de 6,857 milhões de sacas

19deJulhode2023ás15:37

Na safra 2022/23, o Brasil exportou 35,626 milhões de sacas de 60 kg de café e apresentou uma queda de 10,2% frente aos 39,691 milhões de sacas registrados entre julho de 2021 e junho do ano passado. Os embarques foram para 117 países.

A receita cambial totalizou US$ 8,135 bilhões no intervalo atual, permanecendo praticamente estável em relação aos US$ 8,136 bilhões alcançados no ciclo anterior, segundo dados do relatório estatístico do Conselho dos Exportadores de Café do País, o Cecafé.

O desempenho foi alcançado com a atualização dos números de junho deste ano, quando os brasileiros remeteram 2,640 milhões de sacas (-17,2% ante junho/22) ao exterior, que geraram US$ 586,8 milhões (-21,3%).

No acumulado do primeiro semestre de 2023, os embarques de café do país alcançaram 16,226 milhões de sacas e renderam US$ 3,547 bilhões, apresentando recuos de 18,9% em volume e de 23,8% em valor.

Análise

Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, com a entrada da nova safra de café canéfora (conilon e robusta) – cuja colheita inicia antes dos trabalhos de cata do arábica – e os diferenciais mais competitivos no mercado, as exportações dessa variedade subiram em junho, sendo a única a apresentar desempenho positivo no mês.

Em contrapartida, as remessas dessa variedade ao exterior deverão melhorar com a entrada da nova safra, uma vez que a recuperação das lavouras foi acima do esperado e a colheita em curso, embora ainda abaixo do recorde de 2020, será superior às de 2021 e 2022”, comenta.

Esta maior oferta de arábica, conforme Ferreira, já fez com que a indústria brasileira mudasse a composição de seus blends, de outrora 80% de conilon e 20% de arábica, para possíveis 55%-45% de conilon e 45%-55% de arábica.