Como evitar ataques de hackers no agronegócio?
Cibercrimes já provocaram prejuízos milionários ao setor até mesmo na operação das fazendas
|“Um ataque hacker bem-sucedido pode causar estragos devastadores", diz Sandro Süffert, CEO da Apura Cyber Intelligence.
Com grande relevância econômica e operações cada vez mais conectadas, o agronegócio tornou-se alvo de ataques de hackers dispostos a lucrar ou mesmo prejudicar os negócios.
Alguns exemplos chamaram a atenção da mídia internacional, enquanto milhares de outros causaram prejuízo sem chamar tanta atenção.
Em 2021, por exemplo, a subsidiária da JBS nos Estados Unidos pagou quase US$ 11 milhões em resgate de senhas após um ataque hacker.
Outro ataque conhecido ocorreu em fevereiro de 2023, na empresa Dole Food, uma das maiores produtoras de frutas e vegetais do mundo, vítima de um ransomware – quando dados ou informações importantes são “raptadas” e um resgate é pedido.
O “sequestro” afetou significativamente a distribuição dos produtos nos Estados Unidos, com prejuízos estimados na casa dos 10 milhões de dólares. Mas não apenas a gestão de empresas do agro já sofreu com cibercrimes.
Em abril deste ano, sistemas de irrigação automatizados foram interrompidos no norte de Israel por um ataque cibernético e alguns tiveram que ser totalmente desligados, e as irrigações precisaram ser feitas manualmente.
“Explorar as vulnerabilidades em qualquer setor é a especialidade desse tipo de criminoso, e o agronegócio se torna um prato cheio para ele, pois, hoje em dia, tudo é conectado, e surpreende o quanto de tecnologia existe nas várias instâncias do agro”, explica Sandro Süffert, CEO da Apura Cyber Intelligence e expert em segurança virtual.