Ferrogrão deve reduzir em R$19,2 bilhões o custo do frete, estima vice da FPA

Construção do corredor ferroviário vai ligar Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA)

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Obra está parada desde 2021, quando o projeto foi contestado pela Justiça devido a questões ambientais. (Foto - Divulgação)

Obra está parada desde 2021, quando o projeto foi contestado pela Justiça devido a questões ambientais. (Foto - Divulgação)

31deAgostode2023ás11:08

A construção da ferrovia Ferrogrão é muito aguardada pelo agro brasileiro. Segundo o senador e vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária no Senado, Zequinha Marinho (Podemos-PA), a conclusão das obras vai, além de diminuir o fluxo de caminhões pesados nas rodovias das regiões Norte e Centro-Oeste, ter um impacto econômico para o setor.

“Ao consolidar este novo corredor ferroviário, o empreendimento deverá reduzir em R$19,2 bilhões o custo do frete em relação à rodovia e aumentar a arrecadação tributária em R$6 bilhões, além de gerar compensações socioambientais estimadas em mais de R$735 milhões”, ressaltou Zequinha.

O empreendimento logístico de R$12 bilhões com mais de 900 quilômetros de extensão foi planejado para escoar a produção de grãos das regiões Centro-Oeste e Norte para o porto de Miritituba, no Pará e foi tema de uma Audiência Pública da Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), do Senado Federal, a pedido do próprio senador.

O corredor ferroviário vai aliviar as condições de tráfego na BR-163, visando diminuir o fluxo de caminhões pesados e os custos com a conservação e a manutenção. O transporte ferroviário de carga apresenta alto potencial de redução nas emissões de carbono pela queima de combustível fóssil, estima a FPA.

O potencial de redução possibilita que o empreendimento atenda premissas orientadas pelo Climate Bonds Initiative (CBI) para permitir futuras emissões de títulos verdes via instrumentos de crédito.