Mapa avança para reconhecer boi pantaneiro como raça
Animais do rebanho da Embrapa ganharam registro genealógico, um importante passo no processo
|Trabalho ajudará no esforço de conservação da raça bovina, reconhecida como a mais adaptada às condições do Pantanal. (Foto - Embrapa)
Nove touros e 55 matrizes são os primeiros animais do rebanho da Embrapa Pantanal a ter registro genealógico na associação de criadores de Bovino Pantaneiro (ABCBP).
O registro é importante passo para que o Bovino Pantaneiro receba o status de raça junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária, como é o caso da Caracu, Crioulo Lageano e Curraleiro Pé-Duro.
Os animais fazem parte do rebanho do Núcleo de Conservação do Bovino Pantaneiro, do Campo Experimental da Fazenda Nhumirim, da Embrapa.
De acordo com a pesquisadora Raquel Soares Juliano, cada animal passou por uma avaliação técnica para atender aos critérios que determinam o padrão racial.
“Aproveitamos para classificar, individualmente, o escore corporal e frigorífico dos bovinos e detectar animais com características interessantes a serem mantidas nessa população: diversidade de pelagens, habilidade materna, mansidão, produção satisfatória de crias, longevidade, boa conformação para produção de carne e leite”, detalha a pesquisadora.
De acordo com ela, o trabalho ajudará no esforço de conservação da raça bovina, reconhecida como a mais adaptada às condições do Pantanal, mas que se encontra em risco de extinção.