Ano de 2023 é o mais quente da história, aponta relatório

Organização Meteorológica Mundial mostrou que temperatura ficou 1,4°C acima da média

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Ainda de acordo com o documento, os últimos nove anos, de 2015 a 2023, serão os mais quentes da história.

Ainda de acordo com o documento, os últimos nove anos, de 2015 a 2023, serão os mais quentes da história.

05deDezembrode2023ás09:55

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que 2023 foi o ano mais quente da história.

Os dados mostram que o ano ficou cerca de 1,4ºC acima da média de 1850/1900. 

Com este valor, o ano de 2023 é considerado o mais quente em 174 anos de medições meteorológicas, superando os anos de 2016, com 1,29°C acima da média, e 2020, com 1,27°C acima da média.

Ainda de acordo com o documento, os últimos nove anos, de 2015 a 2023, serão os mais quentes da história. Além disso, a média global de temperatura nos últimos dez anos, de 2014 a 2023 (até outubro), ficou 1,19°C acima da média de 1850/1900, sendo a década mais quente já registrada.

Em 2022, as concentrações dos três principais gases de efeito estufa - dióxido de carbono, metano e óxido nitroso - atingiram níveis recordes. Em 2023, dados de locais específicos mostram que os níveis dos três gases estão em constante crescimento, tornando o cenário mais preocupante.

Anualmente, a OMM emite relatórios sobre o Estado Global do Clima para divulgar informações atualizadas sobre as condições climáticas globais. Os relatórios abrangem uma variedade de temas, incluindo temperaturas, níveis do mar, concentrações de gases de efeito estufa e eventos climáticos extremos.

O estudo é essencial para o monitoramento das mudanças climáticas e orientação de políticas de mitigação e adaptação, além de desempenhar papel fundamental na Conferência das Partes (COP) das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.  

Brasil

No Brasil, o ano de 2023 também se destaca como um dos mais quentes da história do País desde a década 60. Em quatro meses consecutivos, de julho a outubro, as temperaturas ficaram acima da média histórica, sendo que setembro apresentou o maior desvio (diferença entre o valor registrado e a média histórica) desde 1961, com 1,6°C acima da média histórica no período de 1991/2020.

Em 2023, os meses citados foram marcados por calor extremo em grande parte do País e eventos de onda de calor, reflexo dos impactos do fenômeno El Niño (aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial), que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta. Além disso, outros fatores têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos. Confira mais informações AQUI.