Estiagem já torna solo "extremamente" seco em 40% das áreas agrícolas do país
Milho, sorgo e algodão da segunda safra enfrentam queda de produtividade
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A umidade do solo permanece em níveis críticos em boa parte das principais regiões agrícolas do Brasil, comprometendo o desenvolvimento da segunda safra, especialmente nas lavouras de milho, sorgo e algodão.
Segundo dados atualizados da Agência Copernicus, programa europeu de observação da Terra, cerca de 40% das áreas agrícolas do país apresentam umidade entre 0% e 40% — patamar considerado extremamente baixo para esta fase das culturas, em especial o enchimento de grãos.
De acordo com especialistas em meteorologia e manejo agrícola, essa condição já ameaça as lavouras plantadas mais tardiamente. A estiagem pode gerar perdas significativas de produtividade, além de elevar os custos com irrigação, quando essa prática é viável. A seca afeta sobretudo os sistemas de sequeiro, ainda predominantes em muitas áreas do Centro-Oeste e do Nordeste.
As regiões mais afetadas incluem Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e a faixa conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde os índices de umidade do solo são alarmantemente baixos.