São Paulo lidera produção de abacate com quase 50% do cultivo nacional
Estado produziu 192 mil toneladas de abacate no ano passado
|Além de liderar a produção nacional de bananas, São Paulo está na primeira colocação no cultivo de outra fruta.
O agro paulista é líder no Brasil na produção de abacate e a cada safra o volume colhido vem crescendo significativamente. Em 2023, o estado chegou a produzir 192 mil toneladas, 8,54% maior que o registrado no ano anterior, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA – Apta). A produção no ano passado corresponde a quase 50% do cultivo nacional da fruta.
A produção paulista coloca o estado à frente de principais estados produtores do Sul e Sudeste como, por exemplo, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo.
De acordo com o pesquisador do IEA – Apta, Celso Vegro, ainda não há uma estimativa de produção para este ano, mas a tendência é que seja muito semelhante ao verificado em 2023.
“Normalmente, as variações ano a ano de culturas perene são muito pequenas”, explica.
Região de Campinas na liderança
A região de Campinas é o principal polo produtivo da fruta. No ano passado, foram colhidas mais de 85 mil toneladas de abacates, sendo o município de Jardinópolis, maior produtor estadual, com uma média anual de 8,6 mil toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com sede em Bauru, a agropecuária Jaguacy lidera a produção nacional da variedade Hass, conhecida como avocado.
Apesar de apostar na irrigação para produzir a fruta, a empresa acredita que este ano, por conta da seca, a safra pode ser afetada.
“A produção de 2023 foi excelente, porque no ano passado o clima favoreceu bastante o desenvolvimento das plantas. O problema é agora, depois de uma seca muito grande”, relatou Lígia Carvalho, produtora rural e diretora da Jaguacy.
Crescimento da área de cultivo
As principais exigências do cultivo do abacate ficam por conta da temperatura e da precipitação, conforme o estudo realizado pela Embrapa.
Em relação ao clima, comportam-se diferentemente de acordo com as suas origens. Regiões expostas a ventos fortes e frios, por exemplo, não são indicadas, pois propiciam a queima e queda dos frutos, nas regiões semiáridas e subúmidas.