Se tivessem silos, produtores evitariam perdas de R$ 41,4 bilhões com prêmios negativos

Estudo encomendado pela Kepler Weber mostra que as perdas por falta de infraestrutura logística impactam diretamente soja e milho

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"Em grande parte, a origem deste problema é o fato de o Brasil conviver com um déficit de armazenagem superior a 100 milhões de toneladas", destaca Bernardo Nogueira, CEO da Kepler Weber.

"Em grande parte, a origem deste problema é o fato de o Brasil conviver com um déficit de armazenagem superior a 100 milhões de toneladas", destaca Bernardo Nogueira, CEO da Kepler Weber.

03deMaiode2024ás13:18

O Brasil terá, pela primeira vez, dois anos seguidos de prêmios negativos de exportação para soja e milho, por deficiência na cadeia logística do país. É o que revela um estudo divulgado pela Kepler Weber na Agrishow, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. 

"O levantamento impressiona porque demonstra o quanto custa a ineficiência no pós-colheita, desde as fazendas até o embarque nos portos do Brasil. São R$ 41,4 bilhões que o país perderá quando somados os anos de 2023 e 2024", afirma Bernardo Nogueira, CEO da Kepler Weber.

O prêmio de exportação dos grãos pode ser positivo ou negativo, e sua formação dependerá de algumas variáveis, como câmbio e, no caso da soja, por exemplo, do valor pago em Chicago (EUA) em comparação com o preço do grão ao chegar no navio (Free on board).

O prêmio leva em consideração a origem e o destino do produto exportado, a qualidade, a oportunidade, o frete marítimo, a demanda e a eficiência do porto exportador. O mercado monitora esses fatores e aplica esse prêmio à cotação da Bolsa de Chicago (CBOT).