A inovação é rápida o suficiente para responder aos desafios do setor de sementes?

Novas tecnologias como CRISPR e Inteligência Artificial (IA) têm apresentado resultados promissores

A inovação é rápida o suficiente para responder aos desafios do setor de sementes?
28deMaiode2024ás07:15

A emergência de desafios como as mudanças climáticas ou a crescente exigência por mais sustentabilidade por parte de consumidores exige soluções cada vez mais rápidas a agricultores de todo o mundo.

Neste sentido, novas tecnologias como CRISPR ou Inteligência Artificial (IA) têm se apresentado como respostas promissoras no desenvolvimento de novas variedades sementes.

Segundo Niels Louwaars, diretor-geral da Plantum – a Associação Holandesa de Material de Reprodução Vegetal, as inovações têm avançado muito rápido, bem como a capacidade da indústria em entregar soluções aos produtores.

O especialista concedeu entrevista ao Agrofy News presencialmente em Roterdam, nos Países Baixos, onde ocorre até amanhã o Congresso Mundial de Sementes (do inglês World Seed Congress – WSC).

Confira a seguir a opinião do executivo sobre como isso já está impactando o setor:

Agrofy News - Quais são as tecnologias mais inovadoras na indústria de sementes? Como podemos imaginar o futuro desse segmento em 50 anos?

Niels Louwaars - Não há como prever o desenvolvimento das tecnologias nos próximos 50 anos porque as inovações estão indo muito rápido.

O papel dos desenvolvedores de mudas e sementes mudou muito, sim, desde a época em que estudei genética, biologia das plantas, estatística matemática e até mesmo a biologia molecular.

Hoje temos de forma muito mais acessível as tecnologias de sequenciamento genético, big data e Inteligência Artificial (IA), além de outros campos de conhecimento que vemos.

Por exemplo, tecnologias para testes sobre doenças em sementes com instrumentos de análise cada vez mais refinados que podem garantir que determinada amostra tem ou não tem qualquer tipo de doença.

Por exemplo, em testes de vírus, você pode testar a presença de vírus com tanta precisão que você também identifica pedaços mortos de vírus que não são infecciosos, mas você sabe que a semente tem traços de doenças.