Produtor argentino de pipoca aprende como combater a “chicharrita” no Brasil
Uma das dores de cabeça do produtor de milho brasileiro, a cigarrinha chegou na Argentina
Pablo Uranga produz em suas fazendas em Santa Fé e em Córdoba milho, soja, trigo, cevada, milho pipoca, entre outras culturas. (Foto - Fabio Frattini Manzini)
Uma das dores de cabeça do produtor de milho brasileiro, a cigarrinha chegou na Argentina e trouxe grandes impactos para a produção do país vizinho.
Em abril, a Bolsa de Cereais de Rosário reduziu a expectativa de produção de milho da Argentina em 6,5 milhões de toneladas, especialmente por danos causados por doenças como a chicharrita, como é conhecida a praga por lá.
A doença fez o produtor argentino Pablo Uranga se deslocar até o Brasil para conhecer técnicas de combate. Durante a semana passada, ele esteve em Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso, visitando lavouras e participando do Dia de Campo das Sementes Basso, empresa argentina.
Pablo Uranga produz em suas fazendas em Santa Fé e em Córdoba milho, soja, trigo, cevada, milho pipoca, entre outras culturas.
“Vim até o Brasil para ver como fazem o combate da cigarrinha, como produzem o milho, como aprenderam no pouco tempo a produzir e com a qualidade convivendo com a doença que chegou na Argentina. Sei que aqui no Brasil convivem com isso, sabem como tratá-la e conviver com ela sem prejudicar a produtividade. Felizmente não tive tanto impacto nesta safra, mas a acredito que na próxima vamos ter problemas, então estamos aqui tentando ver como eles tratam a doença”, explica.
Uranga diz que o Brasil tem vantagem sobre a Argentina por conta das chuvas e a Argentina leva vantagem por conta da fertilidade do solo.
“A próxima safra de milho da Argentina está condicionada como vamos combater a cigarrinha. A cigarrinha não preocupa somente a mim, tira o sono de todos os produtores argentinos”.