Emater divulga números totais da catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul
Impacto no agro foi devastador para quase 206 mil propriedades rurais
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Após mais de 700 mm de chuva em 10 dias, o Rio Grande do Sul registrou enchentes sem precedentes que causaram situação de emergência ou calamidade em 458 municípios gaúchos (92% do total).
No caminho das águas, mais de 2,5 milhões de moradores foram afetados (173 perderam a vida e 43 seguem desaparecidos), bem como restou um rastro destruição à infraestrutura do meio rural sem precedentes.
Quanto à produção, o levantamento da Emater-RS detalha o prejuízo nas culturas de grãos, frutas, proteína animal, leite, hortícolas, folhosas e outras.
Prejuízo estrutural
Durante o período de chuvas e cheias extremas, 9.158 localidades foram atingidas, impactando significativamente em estradas e construções, como casas, galpões, armazéns, silos, estufas e aviários.
Além disso, graves problemas e até mesmo interrupção por dias no escoamento atingiram 4.548 comunidades em diferentes regiões do estado.
Quanto a construções e instalações, 19.190 famílias rurais do estado registraram prejuízos em suas casas (14.029), galpões (8.164), armazéns (328), silos (738), estufas (2.599), açúdes (4.983), aviários (804) e pocilgas (932).
Como se não bastasse, as chuvas e cheias extremas resultaram na contaminação de centenas de fontes de água localizadas no meio rural, deixando milhares de famílias sem acesso à água potável.
Esse cenário representa um sério risco para a saúde pública e, por isso, há a necessidade de intervenção para garantir o acesso adequado à água limpa. Segundo a Emater-RS, 4.570 fontes de água estão contaminadas, o que deixa 34.519 famílias sem acesso a água potável.