Gestão de risco não acompanha o avanço do crédito rural, diz CNA

Segundo entidade, gestão de risco deveria ser encarada com seriedade pelo governo federal

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Assessor técnico da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, Guilherme Rios, afirmou que seguro rural tem que ser encarado como política de estado

Assessor técnico da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, Guilherme Rios, afirmou que seguro rural tem que ser encarado como política de estado

19deJunhode2024ás15:10

As ferramentas de gestão de risco, em especial o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), não têm acompanhado o avanço do crédito rural no país, nem mesmo de forma privada. É o que afirma a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com o assessor técnico da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, Guilherme Rios, ano após ano, as contratações de custeio agrícola vêm aumentando e o seguro não tem seguido o mesmo ritmo, o que tem reduzido a área de cobertura e a emissão de apólices.

“O seguro é uma ferramenta para que os produtores consigam, além de ter sua gestão de riscos, também acessar o mercado de crédito”, disse.

Ele palestrou na 8ª Reunião da Rede Zarc Embrapa de Pesquisa e Desenvolvimento e informou que, em 2020, o desembolso do custeio agrícola atingiu R$ 46,55 bilhões (327 mil contratos) e a área coberta com seguro rural totalizou 13,24 milhões de hectares (188 mil apólices).

Já em 2023, o volume de recursos do custeio agrícola foi de R$ 143,91 bilhões (538 mil contratos) e a área total segurada foi de 6,2 milhões de hectares (106 mil apólices).