Ação humana causou 99,9% dos incêndios em SP, afirma Defesa Civil

Risco de novos incêndios aumenta no Estado nos próximos dias

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Ação humana causou 99,9% dos incêndios em SP, afirma Defesa Civil
27deAgostode2024ás10:40

O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, afirmou que 99,9% dos incêndios registrados no estado de São Paulo ao longo do fim de semana foram causados por “ação humana”.

Pelo menos 31 inquéritos já foram abertos junto à Polícia Federal (PF) para investigar possíveis incêndios criminosos na região, segundo ele.

Até o momento, ao menos cinco pessoas foram presas ou autuadas em virtude de iniciarem fogo propositalmente. Um deles, que está preso, disse haver seguido ordens da maior facção criminosa do Brasil. 

O secretário afirmou que a corporação vai utilizar imagens de satélite que possam auxiliar na identificação de como se deu o início dos focos.

“Quando a Polícia Federal acha que há alguma coisa de provocação humana, esse inquérito é aberto e o processo corre”, explicou. “Quem vai decidir [o resultado de cada inquérito] é a investigação”,disse.

Wolnei ainda classificou como motivo de “surpresa” o fato de praticamente 50 municípios paulistas registrarem focos de incêndio de forma concomitante.

A ausência de chuvas no estado até o sábado (24) e ventos que chegaram a 70 quilômetros por hora foram ainda outros dois fatores que acabaram por contribuir para o cenário registrado no fim de semana de acordo com o secretário.

Redução dos focos

Segundo Wolnei, a Defesa Civil de São Paulo reportou, na manhã de ontem, que restam poucos focos de incêndio ainda ativos no estado. Os motivos, segundo ele, incluem a grande umidade proporcionada pelas chuvas que caíram no domingo (25) e que foram suficientes para apagar a maior parte dos focos.

“Não quer dizer que vamos abrir a guarda”, destacou o secretário. “Os focos que continuam, muito poucos, estão sendo combatidos no dia de hoje”, completou, ao citar o trabalho de helicópteros, de uma aeronave modelo KC-360, capaz de carregar até 12 mil litros de água por viagem, e de cerca de 500 homens do Exército brasileiro para realizar aceiro na região.