Suinocultor do Paraná inova ao transformar dejetos em energia: “problema resolvido e lucro garantido”

Suinocultura havia se tornado quase inviável na propriedade, até encontrarem a solução

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01deOutubrode2024ás17:03

O uso de tecnologias sustentáveis pode transformar os desafios da suinocultura em oportunidades de negócio, promovendo sustentabilidade e gerando renda extra

A propriedade da família Fincke, localizada em Pato Bragado, Paraná, superou estes obstáculos e se tornou um exemplo de inovação no agronegócio.

Sob o comando de Carlito Fincke e seus filhos, Adilson e Jonas, os 30 alqueires de terra dedicados à produção de suínos, soja e milho enfrentaram um impasse: a suinocultura tornava-se inviável devido aos altos custos e questões ambientais.

Mas a solução veio com a instalação de um biodigestor, que transformou os dejetos animais em biogás e biofertilizante.

“Instalamos o biodigestor e resolvemos o problema dos dejetos, minimizando o cheiro e as moscas. Além disso, estamos gerando nossa própria energia, o que trouxe uma nova fonte de renda para a propriedade”, explica Adilson Fincke.

Início da suinocultura e os desafios com dejetos

A história da família na suinocultura começou em 2009, quando o número de suínos passou de 300 para sete mil. Com o crescimento, os problemas com dejetos se intensificaram.

Os Fincke lidam com o suíno na sua fase final. A Unidade de Terminação (UT), como é denominado esse estágio, é o local em que os porcos chegam com cerca de 60 dias de vida e peso médio de 23 quilos (kg), e permanecem até alcançarem o peso de 120 kg, em um período de 120 dias de alojamento. Dali eles seguem para o frigorífico.

Durante quatro meses, os animais crescem, engordam, e com isso vem o obstáculo que acomete todo suinocultor: os dejetos. Os três tanques de esterco que existem na propriedade, hoje desativados, não davam conta de todo o material.