COP 29: CNA defende o agro como solução climática e pede investimento robusto em tecnologias menos emissoras
Entidade apresentou documento com posicionamento do setor para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
|“O agro é parte da solução para os desafios climáticos”. Essa foi a mensagem central do presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, durante a entrega do posicionamento do agronegócio brasileiro para a COP 29, que acontecerá em novembro, em Baku, Azerbaijão.
Martins destacou a importância de investir "pesadamente" em novas tecnologias que emitam menos carbono, além de desenvolver métricas e práticas adaptadas à agricultura tropical. Ele também ressaltou a necessidade de financiamentos voltados à implementação de ações que mitiguem os efeitos das mudanças climáticas.
No documento entregue ao governo, a CNA defende que, além de ser um dos setores mais afetados pelos eventos climáticos extremos, o agronegócio brasileiro oferece soluções essenciais para enfrentar esses desafios.
“Oferecemos não apenas mitigação e adaptação, mas também contribuímos para o desenvolvimento econômico, a segurança alimentar, energética e climática”, afirmou Martins.
Estratégia para cumprir metas de redução de emissões
O presidente da CNA propôs uma estratégia clara e transparente para que o Brasil cumpra suas metas de redução de emissões, equilibrando os interesses sociais, econômicos e ambientais.
“Devemos reconhecer o papel do agro brasileiro como base do esforço de mitigação e adaptação, pois seu modelo de eficiência é parte essencial do cumprimento das metas assumidas”, disse ele.
Martins também ressaltou que a questão climática já está incorporada aos sistemas produtivos brasileiros, que aliam eficiência à sustentabilidade.