Programa de referência no Paraná integra educação e campo e premia 2,6 mil estudantes
Iniciativa já foi levada para outros estados, como Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rondônia e Ceará
|O Programa Agrinho alcançou sua 29ª edição, premiando quase 2,6 mil estudantes paranaenses e integrando a educação ao trabalho no campo. A ação é promovida pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep) em parceria com o Governo do Estado.
A cerimônia de premiação atraiu cerca de 4 mil pessoas, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Este programa, que une as redes pública e privada, é implementado nas salas de aula com o apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) e de outras entidades parceiras. Nele, materiais didáticos próprios são distribuídos gratuitamente às escolas, seguindo uma proposta pedagógica que enfatiza a colaboração, a interdisciplinaridade, a transversalidade e a pesquisa.
Com o tema “Agrinho: do campo à cidade, colhendo oportunidades”, esta edição registrou o maior número de inscrições da história, superando 1,3 milhão de participantes em 17 categorias.
O Concurso Agrinho teve 658,1 mil alunos inscritos, enquanto a categoria Redação Paraná somou mais de 551,6 mil participações. No total, 3.741 unidades escolares aderiram à iniciativa, incluindo escolas estaduais, municipais, particulares, colégios agrícolas e Apaes.
Dentre os finalistas, a equipe do Colégio Estadual Agrícola Getúlio Vargas, de Palmeira, destacou-se ao desenvolver um sistema de robótica para alimentar animais à distância.
“Nosso projeto foi de AgroRobótica. Desenvolvemos um comedor automático que pode ser utilizado em fazendas, permitindo que o produtor viaje sem se preocupar em alimentar os animais, podendo manejar pelo celular”, explicou Flavia Spricigo, de 15 anos, estudante do 1º ano do curso técnico.
Filha de produtores rurais, Flavia tem aulas de robótica na escola e vislumbra a aplicação da tecnologia no campo.
“Minha ideia é continuar trabalhando na parte de agronomia ou zootecnia, seja na propriedade dos meus pais ou na minha própria”, afirmou. “É ótimo aprender sobre essas tecnologias na escola, pois operando tratores, por exemplo, já temos uma base tecnológica importante.”