Produtores de café, academia e entidades lançam manifesto contra venda da Fazenda Santa Elisa

Local ocupa uma área de sete hectares e abriga o maior banco genético de café do mundo

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Produtores de café, academia e entidades lançam manifesto contra venda da Fazenda Santa Elisa
21deNovembrode2024ás11:53

O movimento contra a venda de parte da Fazenda Santa Elisa, um dos maiores centros de pesquisa agrícola e científico de São Paulo, ganha força.

O local abriga o maior banco de germoplasma de café do Brasil, sob a administração do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), e é considerado fundamental para o desenvolvimento agrícola e a preservação genética da planta.

Pesquisadores, acadêmicos, parlamentares, sindicatos, produtores rurais e diversas entidades do agronegócio assinaram um manifesto em defesa da preservação da fazenda. O documento, que segue aberto para adesões, visa proteger o patrimônio científico e agrícola do estado.

Há duas semanas, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) já havia solicitado ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que reconsiderasse a venda.

A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) também alertou para um processo de mapeamento e desmembramento de fazendas dedicadas à pesquisa e conservação no estado.

A Fazenda Santa Elisa, que ocupa uma área de sete hectares, abriga o maior banco genético de café do mundo e realiza pesquisas essenciais para o setor agrícola, incluindo a macaúba, um tipo de planta pesquisada para biocombustíveis.

“O Centro Experimental do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), historicamente conhecido como Fazenda Santa Elisa, é um centro de pesquisa voltado ao desenvolvimento agrícola do estado de São Paulo, com resultados que chegam à agricultura brasileira e mesmo mundial”, diz trecho do abaixo-assinado.