Cosan desiste da Vale com prejuízo bilionário após aposta de Rubens Ometto
Conglomerado vendeu sua participação na empresa por pragmatismo financeiro
|A Cosan encerrou hoje (dia 16) sua participação na Vale após pouco mais de dois anos da aposta pessoal de Rubens Ometto, o bilionário controlador do grupo.
"Dói, porque eu sou empreendedor. Meus planos para a empresa eram outros. Mas a economia do país mudou muito, com esses juros todos. Então, você tem de ser pragmático. Eu sou engenheiro. Faço contas", disse Ometto.
Os números não deixam dúvidas. Por si só, a alienação de 173 milhões de ações repôs R$ 9,1 bilhões aos cofres da Cosan, que vendeu 4,05% das ações da mineradora que ainda possuía.
Contudo, segundo o mercado, o mesmo montante chegou a valer R$ 22 bilhões ainda em 2022 após a eleição de Lula, apesar de a compra ter sido realizada por R$ 11,5 bilhões.
Em uma conta simples, a movimentação pode ter gerado prejuízo liquido de R$ 2,4 bilhões e de até R$ 13,4 bilhões em oportunidades de negócio.
Sem falar no juros da dívida gerada pela complexa operação financeira que angariou R$ 18,5 bilhões para adquirir, naquele então, 4,9% das ações com direito a voto na gigante Vale.
Aposta frustrada
Definitivamente, as coisas não saíram como o conglomerado e o bilionário imaginavam em 2022.