La Niña pode terminar antes do previsto, indicam dados da NOAA

Temperatura do Pacífico Equatorial se distancia de um típico evento do fenômeno

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No Brasil, o Rio Grande do Sul enfrenta uma estiagem severa, com temperaturas elevadas e perdas nas lavouras

No Brasil, o Rio Grande do Sul enfrenta uma estiagem severa, com temperaturas elevadas e perdas nas lavouras

21deFevereirode2025ás15:25

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), agência de meteorologia dos Estados Unidos, anunciou em janeiro que o  fenômeno La Niña teve início em dezembro de 2024. 

No entanto, medições recentes da temperatura da superfície do mar sugerem que a transição para um cenário de neutralidade pode ocorrer antes do esperado.

Segundo o boletim semanal mais recente da NOAA, a anomalia de temperatura na região Niño 3.4, referência para definir a presença de La Niña ou El Niño, foi de -0,3°C — dentro da faixa de neutralidade (-0,5°C a +0,5°C). É a primeira vez desde 4 de dezembro que esse índice atinge um patamar neutro.

Com base nas medições diárias, há possibilidade de que o próximo boletim da NOAA confirme, pela segunda semana consecutiva, uma anomalia dentro da zona de neutralidade.

No entanto, o fim oficial da La Niña só será confirmado após semanas consecutivas de valores neutros, o que pode ocorrer ao longo de março.

Impactos no Brasil e no Peru

O atual episódio de La Niña entrou em fevereiro no terceiro mês e já afeta o clima. No Brasil, o Rio Grande do Sul enfrenta uma estiagem severa, com temperaturas elevadas e perdas nas lavouras de soja e milho.

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