Alimentos de origem vegetal brasileiros são seguros, afirma Anvisa

Relatório destaca que apenas 0,67% de 3.294 amostras de alimentos analisadas apresentaram “potencial risco” à saúde humana

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Alimentos de origem vegetal brasileiros são seguros, afirma Anvisa
05deMarçode2025ás15:11

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta quarta-feira (11) os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) de 2023. Nesta edição, foram analisadas 3.294 amostras coletadas em 76 municípios brasileiros.

E assim como na avaliação de 2022, os resultados foram positivos. “Os alimentos de origem vegetal consumidos no Brasil são seguros,” afirmou o diretor da Anvisa, Daniel Pereira.

O programa avalia a presença de resíduos de pesticidas em alimentos e o “potencial de risco” para a saúde humana.

As amostras são coletadas nas prateleiras dos supermercados de todas as regiões do país e analisadas em laboratórios com métodos científicos reconhecidos internacionalmente.

Os alimentos analisados incluem abacaxi, alface, alho, arroz, batata-doce, beterraba, cenoura, chuchu, goiaba, laranja, manga, pimentão, tomate e uva, que, de acordo com a agência, representam 31% do consumo vegetal no Brasil.

Ao todo, as análises buscaram por resíduos de 338 diferentes pesticidas, incluindo produtos nunca autorizados ou substâncias já banidas no Brasil.

Em reunião da diretoria colegiada da Anvisa, Pereira falou sobre os relatórios de 2023: “Os resultados do monitoramento e da avaliação do risco indicaram que os alimentos de origem vegetal consumidos no Brasil são seguros tanto quanto aos potenciais riscos de intoxicação aguda causada, por exemplo, pelo consumo de uma única refeição, como quanto aos potenciais riscos de intoxicação crônica decorrente do consumo de vários alimentos por toda a vida,” completou.

Em dez anos de monitoramento, Anvisa não identificou risco crônico

O dado mais importante do relatório, do ponto de vista do consumidor de alimentos, é o “potencial de risco” agudo e de risco crônico, ou seja, o quanto os resíduos de agrotóxicos identificados podem ser perigosos para a saúde.

O risco agudo é o risco de danos à saúde pelo consumo do alimento em curto espaço de tempo, como uma refeição ou um dia de consumo do alimento.

O relatório da Anvisa destaca que 0,67% ou 22 amostras apresentaram “potencial de risco” agudo à saúde.