Inovação no agro dispara: Brasil multiplica incubadoras, hubs e aceleradoras em um ano
Levantamento mostra também descentralização dos ecossistemas de inovação nas regiões brasileiras
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A inovação no agronegócio brasileiro está em plena expansão. Entre 2023 e 2024, houve um crescimento expressivo no número de incubadoras, aceleradoras de startups, hubs de inovação e parques tecnológicos voltados ao setor.
Segundo a nova edição do Radar Agtech Brasil — levantamento anual conduzido pela Embrapa, Homo Ludens e SP Ventures —, o número de incubadoras saltou de 32 para 107, um aumento de 224%.
As aceleradoras passaram de 21 para 40 (alta de 90%), os hubs de inovação de 82 para 106 (crescimento de 29%) e os parques tecnológicos de 93 para 117 - avanço de 25%.
O estudo também revela um movimento de descentralização dos ecossistemas de inovação no país. Embora a Região Sudeste siga como principal polo (36,8%), o Sul (31%), Nordeste (17,5%), Centro-Oeste (9,5%) e Norte (5%) vêm ganhando espaço.
No Sudeste, São Paulo concentra 43,5% das iniciativas, mas estados como Rio Grande do Sul (9,6%) e Paraná (8,9%) reforçam o protagonismo do Sul. O Nordeste saltou de 3,5% para 5,9%, e o Norte, de 1,5% para 5%.
Investimentos e ambiente de inovação ganham fôlego
Ao todo, foram identificados 451 ambientes de inovação ativos no agro — entre hubs, incubadoras, aceleradoras e parques tecnológicos.
O levantamento também mapeou fundos de venture capital, corporate ventures e outras iniciativas financeiras que impulsionam a escalabilidade das agtechs.
O número de investidores focados em Agtechs e Foodtechs cresceu nos últimos anos, evidenciando o amadurecimento do setor e abrindo novas oportunidades para startups.