Frigoríficos reduzem a 4% compra de gado de áreas desmatadas na Amazônia

Promovido pelo MPF, TAC Carne Legal também coíbe invasão de terras protegidas, trabalho escravo e outras ilegalidades

Frigoríficos reduzem a 4% compra de gado de áreas desmatadas na Amazônia
14deMaiode2025ás16:46

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou hoje (dia 14) que frigoríficos signatários do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) da Carne Legal apresentam 13 vezes menos irregularidades que os que estão fora do acordo.

A afirmação é possível com a conclusão ciclo unificado de auditorias na cadeia da pecuária da Amazônia Legal, que considera fornecedores diretos e indiretos de gado na região.

Os frigoríficos participantes do TAC com auditorias independentes registraram apenas 4% de não conformidade, os demais atingiram preocupantes 52%. Os dados referem-se a 2022.

Para a coordenadora da Câmara Ambiental do MPF, Luiza Frischeisen, os resultados deste segundo ciclo unificado de auditorias demonstram o amadurecimento e a capilaridade do programa Carne Legal.

"A 4ª Câmara do MPF continuará a impulsionar essa agenda, que não apenas combate o desmatamento e outras ilegalidades na Amazônia, mas também promove justiça socioambiental e fortalece a economia sustentável", declarou.

Criado em 2028, a TAC da Carne Legal é uma iniciativa firmada entre o MPF e frigoríficos que operam na Amazônia para garantir que a origem da carne não envolva desmatamento ilegal, invasão de terras protegidas, trabalho escravo ou outras irregularidades.

“É um recado direto ao mercado e aos consumidores sobre quem está, de fato, investindo em uma produção responsável e transparente”, destaca Ricardo Negrini, procurador da República e membro do GT Amazônia Legal.

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