Crise na oferta global de cacau pressiona mercado e fortalece papel do Brasil

Produção em queda na África e avanço da indústria nacional criam novo cenário para o setor

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Crise na oferta global de cacau pressiona mercado e fortalece papel do Brasil
30deMaiode2025ás16:16

O mercado global de cacau enfrenta um dos seus momentos mais delicados em décadas, com forte redução na oferta das amêndoas e disparada nos preços internacionais da commodity em 2024 e 2025.

Os dois maiores produtores do mundo, Costa do Marfim e Gana, continuam enfrentando problemas que não devem ser resolvidos no curto prazo: eventos climáticos extremos, avanço do vírus CSSV (Cacao Swollen Shoot Virus) e lavouras envelhecidas, com baixa produtividade.

Em 2024, o Brasil importou 60 mil toneladas de cacau — mais da metade vinda da Costa do Marfim.

Com o cenário global pressionado, o mercado passou a olhar com mais atenção para novas origens de cacau.

Países como Equador e Nigéria, hoje o terceiro e quarto maiores produtores do mundo, respectivamente, vêm investindo na expansão da cultura e em capacidade de processamento, aproveitando o momento de preços recordes e demanda aquecida. 

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