A China pode mesmo ser a solução para o café brasileiro após tarifaço?
País asiático habilita 183 novas empresas brasileiras para exportar café. Medida é vista como contraponto estratégico
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A partir desta quarta-feira (6), o café brasileiro que entra nos Estados Unidos passa a ser taxado com uma tarifa de 50%, conforme medida anunciada pelo governo norte-americano em julho.
A decisão praticamente expulsa o produto brasileiro das prateleiras americanas, atingindo um dos principais ativos da pauta agroexportadora do Brasil. Com isso, o setor cafeeiro se viu obrigado a buscar alternativas e novas rotas para escoamento da produção — a China surge como uma das mais promissoras.
O governo chinês autorizou 183 novas empresas brasileiras a exportarem café para o país asiático. A medida, anunciada oficialmente pela Embaixada da China no Brasil no fim de julho, já está em vigor e tem validade de cinco anos.
Os Estados Unidos são, historicamente, o maior mercado para o café brasileiro. Em junho deste ano, foram exportadas mais de 440 mil sacas para o país, o que representa cerca de um terço da demanda norte-americana, estimada em 8 milhões de sacas anuais. Em valores, o volume correspondeu a cerca de US$ 4,4 bilhões em 2024.