Ficou claro: o Brasil vai liderar o mercado mundial de alimentos, fibras e bioenergia
Anos seguidos de expansão do campo estão interiorizando o desenvolvimento brasileiro, historicamente ligado à costa atlântica. Por Xico Graziano
|Quando parecia que havia acalmado, a pandemia ganhou nova força. Assim, surpreendidos pela segunda onda de Covid-19, os agricultores brasileiros começaram o ano de 2021. Assustados, preocupados, incertos.
Mas, como antes, o agro não parou. A agropecuária não pode parar. As pessoas, mesmo enclausuradas, não vivem sem alimentos. E os produtores rurais, espalhados pelo território, trabalham ao ar livre, poeira e sol. Pau na máquina.
O mundo vivia certa insegurança alimentar devido, principalmente, à peste suína na China, que dizimou metade dos porcos. O mercado de carnes se aqueceu. Junto, puxou a soja e o milho, componentes das rações animais.
Com a paradeira causada pela Covid-19, faltou matéria-prima e subiram os preços de todas as commodities. No Brasil, o dólar valorizou. Resultado: as vendas externas remuneraram, em reais, muito bem o agronegócio. As receitas das exportações agrícolas devem aumentar cerca de 20% em 2021.