Governo Federal lança Plano Nacional de Fertilizantes para reduzir importação dos insumos

O Plano visa a reduzir a dependência do produtor em relação aos fertilizantes importados e aumentar a produção nacional

Governo Federal lança Plano Nacional de Fertilizantes para reduzir importação dos insumos
14deMarçode2022ás20:40

Como estratégia para reduzir a dependência do Brasil das importações de fertilizantes, o Governo Federal lançou o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), no Palácio do Planalto. O PNF é uma referência para o planejamento do setor de fertilizantes para os próximos 28 anos.  A elaboração do plano começou em 2021 e foi formalizado por meio do Decreto nº 10.991, assinado na sexta-feira (11). O documento também institui o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas, órgão consultivo e deliberativo que coordena e acompanha a implementação do Plano Nacional de Fertilizantes.

Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil ocupa a 4ª posição mundial com cerca de 8% do consumo global de fertilizantes. O potássio é o principal nutriente utilizado pelos produtores nacionais (38%). Na sequência, aparecem o fósforo com 33% do consumo total de fertilizantes, e o nitrogênio, com 29%. Juntos, formam a sigla NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio), popular no meio rural. Dentre as culturas que mais demandam o uso de fertilizantes estão a soja, o milho e a cana-de-açúcar, que somam mais de 73% do consumo nacional.

Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), mais de 85% dos fertilizantes usados no país são importados, o que evidencia um elevado nível de importações em um mercado dominado por poucos fornecedores. Essa dependência crescente deixa a economia brasileira, que é apoiada no agronegócio, vulnerável às oscilações do mercado internacional de fertilizantes.