Dia do Café: estudo diz que a cafeicultura é carbono negativo

Saiba mais sobre a sustentabilidade e a história da bebida que é “sagrada” para os brasileiros

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Dia do Café: estudo diz que a cafeicultura é carbono negativo
14deAbrilde2022ás12:56

Dizer que o café é uma paixão nacional, ou mesmo mundial, não é novidade. Na verdade, o consumo da bebida e outros produtos feitos a partir do fruto chega a ser um ritual "sagrado" diariamente para milhões de pessoas.

Prova disso é que, mesmo com a crise econômica e um aumento de preços acima dos 50% desde o ano passado, devido à quebra da produção por conta de geadas na safra 2020/2021, o consumo aumentou no país no último ano.

Mas isso é só uma pista da relevância da planta para nosso país e a maioria de nós.

A cafeicultura brasileira é, há mais de um século, a mais importante do mundo (hoje é a maior produtora e exportadora), tem alguns dos melhores exemplos de sustentabilidade e movimenta a economia, a sociedade e a cultura nacionais. Por isso, o Agrofy News Brasil mergulha no assunto neste texto.

Café carbono negativo

Segundo artigo publicado na Cecafé (Conselho de Exportadores de Café do Brasil), a pegada de carbono vem emergindo como critério direcionador dos fluxos de comércio, investimento e comportamento dos consumidores nos principais mercados de destino do café brasileiro.

Trata-se de uma grande oportunidade já que a cadeia do café pode ter pegada negativa, ou seja, retirar CO2 da atmosfera ao invés de emiti-lo. Isso foi demonstrado pelo projeto “Balanço de Carbono na Cafeicultura Mineira com Boas Práticas Agrícolas”.

O estudo científico foi conduzido pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), sob a liderança do professor Carlos Eduardo Cerri, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), além de parceiros.

As emissões de gases de efeito estufa foram estimadas com base no GHG Protocol em 40 propriedades típicas da cafeicultura mineira, divididas em pares “tradicional” e “boas práticas”.

Na prática, isso significa práticas descarbonizantes, a exemplo da aplicação de fertilizantes organominerais, composto orgânico e/ou manutenção de uma cobertura do solo mais intensa.