Cotação do café arábica recua 13,4% por incertezas no mercado global
Já o robusta teve pequena variação positiva, mesmo com aproximação da colheita
|As cotações domésticas do café arábica recuaram 13,4% ao longo de março, voltando a fechar na casa dos R$ 1.200/saca. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, encerrou o mês a R$ 1.243,64/sc, sendo 190,79 Reais/sc abaixo do registrado do final de fevereiro.
A baixa dos preços nacionais da variedade foi reflexo da desvalorização dos valores externos e do dólar. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), o contrato Maio/22 fechou a 226,40 centavos de dólar por libra/peso no dia 31 de março, queda de 2,8% em relação ao dia 28 de fevereiro.
No cenário externo, a pressão esteve associada à guerra entre a Rússia e a Ucrânia – que levaram investidores a trocaram suas posições no café por commodities mais rentáveis – e a dúvidas sobre o consumo da bebida e as exportações.
O dólar, por sua vez, fechou a R$ 4,761 no dia 31, desvalorização de 7,4% frente ao dia 25 de fevereiro. Diante deste cenário, a maior parte dos vendedores brasileiros se manteve afastada do mercado em março, negociando apenas pequenos lotes.
Colaboradores do Cepea acreditam que produtores podem seguir retraídos até o começo da colheita da safra 2022/23 do arábica, em maio (para levantar caixa para as atividades de campo), ou até novas altas das cotações.