CNA apresenta 10 prioridades do setor para o Plano Safra 22/23
Principais propostas são R$ 21,8 bi para equalização de juros e taxas abaixo de dois dígitos
|A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou, ontem (dia 17), as 10 prioridades do setor ao Ministério da Agricultura (Mapa) e à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para construção do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2022/2023, também chamado Plano Safra.
O material foi entregue ao secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Bastos, e ao presidente da FPA, deputado Sergio Souza, na sede da CNA, em Brasília.
No documento, a CNA pede mais recursos para ampliar a produção com o objetivo de garantir a segurança alimentar, gerar emprego, reduzir a pressão inflacionária sobre os alimentos e aumentar as exportações e o Produto Interno Bruto (PIB).
Com as propostas, a entidade busca benefícios que vão além do agro, dando retorno também para a economia como um todo e à sociedade. O presidente da CNA, João Martins, ressaltou a importância de favorecer o acesso a alimentos com preços mais acessíveis para toda a população, principalmente os mais pobres.
“Fizemos uma proposta para o Plano Safra que beneficia os produtores, sejam eles pequenos, médios e grandes, mas que também trará benefícios para a população brasileira e sustentação para a produção de alimentos para todos, principalmente aos mais carentes”, afirmou.
Plano Safra mais humano
O presidente da FPA, deputado Sergio Souza, analisou que é preciso espaço orçamentário para alcançar o Plano Safra desejado e “quem aprova o orçamento no país é o Parlamento”.
“Recebemos a responsabilidade de fazer um Plano Safra mais humano, que tenha a sensibilidade de atender o pequeno produtor, porque é esse produtor que faz com que o alimento chegue à mesa dos cidadãos brasileiros. O espírito da proposta da CNA é essa humanização da produção de alimentos, atendendo não só o produtor rural, mas o consumidor brasileiro”, destacou.
Já o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Bastos, destacou a importância da contribuição da CNA com as propostas entregues. “É um pleito de uma parcela importante da produção brasileira, que mostra realmente as necessidades do setor. E nós do Ministério temos de recepcionar, avaliar e poder trabalhar as demandas diante das restrições orçamentárias que nós temos”.