Otimismo marca início da colheita de trigo no RS
Produção estimada pela Emater é de 4,7 milhões de toneladas
|Já safra do Paraná foi prejudicada pelo excesso de chuvas. (fotos - Seapdr)
“Estamos iniciando a colheita do trigo com uma expectativa excepcional quanto à qualidade e quantidade do grão que teremos.”
A frase acima, de Domingos Velho Lopes, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, ilustra o otimismo dos produtores de trigo do Rio Grande do Sul com a safra 2022/2023.
Segundo projeção apresentada pela Emater/RS-Ascar, neste mês de outubro, a produção estimada é de 4,7 milhões de toneladas, em uma área cultivada de 1,48 milhão de hectares.
É esperada uma produtividade média esperada de 3.210 quilos por hectare, segundo dados apresentados em reunião da Câmara Setorial do Trigo, realizada na última quinta-feira.
Além de Domingos, a reunião contou com a presença de integrantes da cadeia no estado e serviu para avaliar as expectativas.
“Eu nunca vi, em quase 40 anos na região das Missões, uma safra tão maravilhosa quanto a desse ano. As produtividades estão surpreendentes”, disse o diretor e coordenador da Comissão do Trigo e Culturas de Inverno da Farsul, Hamilton Guterres Jardim.
Para ele, as análises positivas refletem os investimentos dos produtores em novas tecnologias em sementes. “O trigo está sem falhas, sem micotoxinas. Estamos indo para a maior safra da história no Rio Grande do Sul”, completa.
La Niña
O diretor de planejamento da Emater, Neimar Peroni, pontuo que, apesar do otimismo, o La Niña atrasou a colheita, com relação ao ano passado. “As regiões de Ijuí, Missões e Passo Fundo são as que apresentam a maior produtividade. A colheita, que está em 7%, está atrasada em relação ao mesmo período do ano passado, em que já tínhamos 40%.