Embrapa: bactéria inoculada reduz em 25% uso de adubo em milho

Pesquisas conduzidas nos últimos dez anos avaliam benefícios com a bactéria Azospirillum brasilense

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Técnica ainda aumento em 3,1% produtividade dos grãos. (foto - Embrapa)

Técnica ainda aumento em 3,1% produtividade dos grãos. (foto - Embrapa)

22deNovembrode2022ás10:56

Pesquisas conduzidas pela Embrapa Soja (PR) mostram que a inoculação de sementes de milho com a bactéria Azospirillum brasilense (estirpes Ab-V5 e Ab-V6) permite a redução de 25% da adubação nitrogenada de cobertura.

O resultado ocorreu ao considerar a dose de 90 quilos (kg) por hectare (ha) de N-fertilizante.

“O uso de microrganismos promotores do crescimento de plantas, capazes de substituir, parcial ou totalmente, os fertilizantes químicos, representa uma estratégia-chave para o Brasil”, destaca a pesquisadora da Embrapa Mariangela Hungria.

Ela lembra que o Brasil hoje importa 85% dos fertilizantes que utiliza e que os benefícios econômicos e ambientais dessa tecnologia são uma importante alternativa para a agricultura nacional.

De acordo com Mariangela Hungria, a inoculação do milho com a bactéria Azospirillum brasilense ainda permitiu um incremento médio de 3,1% na produtividade de grãos.

“Todos os experimentos realizados confirmam esses benefícios, em diferentes níveis de rendimento, condições tropicais e subtropicais, solos argilosos e arenosos, com alto e baixo teor de matéria orgânica”, destaca a cientista.