Brasil amplia arsenal de químicos e biológicos contra a cigarrinha do milho

Abramilho alerta sobre avanço da praga e o grande potencial de perdas

|
Inseto transmite doenças que desencadeiam enfezamento com perdas de até 90% da produção. (foto - Biotrop)

Inseto transmite doenças que desencadeiam enfezamento com perdas de até 90% da produção. (foto - Biotrop)

16deDezembrode2022ás15:13

O aumento da incidência da cigarrinha do milho no Brasil despertou iniciativas tanto do poder público como do setor privado, com novos defensivos agrícolas, para combater a praga. O problema, que passou despercebido nos últimos anos, tornou-se uma prioridade para os produtores de milho.

A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é considerada a principal praga da cultura e pode transmitir três importantes doenças, às vezes ao mesmo tempo: o enfezamento pálido, o vermelho e a virose do raiado fino, todas afetam a parte foliar e destroem a planta.

As perdas pelo complexo de enfezamentos podem chegar a 90%, especialmente em lavouras com híbridos suscetíveis. O prejuízo pode ascender a casa dos bilhões de Reais, tendo em conta a estimativa de safra de 126 milhões toneladas de milho para a temporada 2022/2023.

Por exemplo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou recentemente três novos defensivos biológicos para o enfrentamento e controle do inseto, além dos inseticidas já existentes no mercado.

Publicado em maio, o Ato do Mapa validou uma mistura bacteriológica de Pseudomonas chlororaphis com Pseudomonas fluorescens, com nome comercial Biokato, e dois produtos fungicos com a mistura de Bacillus amyloliquefaciens, Bacillus velezensis e Bacillus thuringiensis.

A empresa Biotrop informa que o Biokato proporciona um incremento médio de produtividade de quatro sacas por hectare, com o controle de até 55% da praga e, consequente, redução do enfezamento de plantas.