McKinsey: alta global de alimentos será revertida em tecnologia no campo
Estudo mostra que 70% dos agricultores esperam lucros fiquem estáveis ou maiores até 2024
Entre os agricultores brasileiros e argentinos, 66% já realizaram compras de insumos agrícolas por canais digitais. (foto - divulgação)
A alta dos preços dos alimentos globalmente em 2022 será revertida em tecnologia nas fazendas. Essa é uma das principais conclusões do estudo da McKinsey & Company “Global Farmer Insights”, que entrevistou 5,5 mil produtores rurais de nove países.
Otimistas com expectativas de lucro, os produtores da América do Norte e da Europa lideram a disposição de investir em maquinários agrícolas e os brasileiros, em produtos biológicos, entre as principais novas tendências tecnológicas.
Segundo estudo da McKinsey, 70% dos agricultores esperam que as margens permaneçam estáveis ou aumentem apesar das incertezas. Diante delas, inclusive, muitos pretendem experimentar novos produtos para capturar a atual oportunidade de preço alto da safra e estarem mais preparados para os desafios do mercado.
Na União Europeia, 62% dos produtores pretendem investir mais em tecnologias; na América do Norte (Estados Unidos e Canadá), 61%; na América do Sul (Brasil e Argentina), 50%; e na Ásia (China e Índia), 9%.
Compras digitais
A consultoria também identificou que o uso de vários canais de vendas está ganhando força, com os agricultores aumentando o uso e familiaridade com compras digitais.
Aproximadamente 50% dos agricultores entrevistados já fazem compras digitais para pelo menos um produto, com a América do Sul se destacando como uma das primeiras a adotar os canais digitais.