Rabobank aponta mercado global de carne suína pressionado no 1º tri de 2023
Desaceleração econômica e aumento da produção deve diminuir o comércio internacional da proteína
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Brasil poderá ter alta nas exportações no primeiro trimestre, diferente de outros grandes produtores. (foto - Daniel Azevedo)
O mercado global de carne suína seguirá moldado pela recessão e o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no primeiro trimestre de 2023, segundo o Rabobank.
Entre as principais questões globais a serem observadas em 2023, o banco holandês sinaliza que três pontos principais. O primeiro é a desaceleração da economia pesa sobre a demanda, aumentando incertezas e volatilidade.
Em uma economia em desaceleração, embora se acredite que a carne suína seja a menos impactada do que as proteínas mais caras, ainda haverá alguma pressão sobre o consumo.
A pressão sobre a renda das famílias, o aumento da decisão de poupar e um potencial declínio em canais específicos podem pressionar o consumo. A gestão da inflação continuará a ser importante para muitos governos, com as taxas de juros necessitando de uma calibração cuidadosa face à confiança dos consumidores e das empresas.
O banco também sinaliza para uma vantagem limitada para o comércio em 2023, à medida que a oferta aperta nos países exportadores e aumenta nos países importadores.
O comércio provavelmente aumentará modestamente no 1o trimestre de 2023, principalmente devido a uma base baixa no ano passado. No entanto, pode haver dificuldade para se sustentar o crescimento em 2023, dada a lenta produção nas principais regiões exportadoras, principalmente na UE e nos EUA.