Governo demanda redução da Selic ao Banco Central

Copom manteve Selic 13,75% pela quinta vez consecutiva

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Para Haddad, o Banco Central (BC) poderia ter sido mais generoso com o governo atual. (foto - Marcelo Casal Jr/ Banco do Brasil)

Para Haddad, o Banco Central (BC) poderia ter sido mais generoso com o governo atual. (foto - Marcelo Casal Jr/ Banco do Brasil)

07deFevereirode2023ás14:14

Tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não esconderam o descontentamento após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa selic (juros básico da economia), pela quinta vez consecutiva, em 13,75%. 

Após reunião na semana passada, o Copom emitiu um comunicado em que afirmou que o aumento das incertezas fiscais poderá fazer o Banco Central manter os juros elevados por mais tempo que o inicialmente previsto.

A autoridade monetária também não descartou a possibilidade de voltar a elevar a taxa, caso a inflação não convirja para a meta até meados de 2024.

O patamar em vigor é válido desde o início de agosto de 2022.

Para Haddad, o Banco Central (BC) poderia ter sido mais generoso com o governo atual. “Não vamos, em 30 dias de governo, resolver um passivo de R$ 300 bilhões herdado do governo anterior, mas o nosso compromisso é com o equilíbrio das conta”, disse o ministro.

“Penso que a nota do Copom poderia ser mais generosa com as medidas que já tomamos. Entendo que nós vamos harmonizar a política fiscal com a política monetária”, completou Haddad, em entrevista após uma reunião com parlamentares.]

Ele destacou ainda o fato de que Governo já anunciou um pacote para diminuir o déficit fiscal ainda em 2023.

Não existe justificativa, diz Lula 

O presidente Lula disse ontem (dia 6), durante a posse de Aloizio Mercadante na presidência do BNDES, não existir nenhuma justificativa para que a Selic esteja neste momento nesse patamar.