Brasil elabora documento mundial sobre mercado de café e sanções da UE

Tema foi apresentado em painel durante o 3º Fórum Mundial, realizado em fevereiro, na África

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Para o CNC, as sanções da EU não afetam a produção nacional. (foto - banco de imagens)

Para o CNC, as sanções da EU não afetam a produção nacional. (foto - banco de imagens)

24deFevereirode2023ás16:10

O conteúdo de um painel coordenado pelo Brasil, em parceria com pela África e a Índia, e apresentado durante o 3º Fórum Mundial dos Produtores do Café, em Ruanda, na África, serviu para elaboração de documento mundial com destino às autoridades da União Europeia. 

O assunto é a produção de café e as sanções impostos pelo bloco Europeu a produtos oriundos de áreas de desmatamentos.

Em dezembro, os eurodeputados anunciaram um acordo, garantindo que a Europa exigirá que as empresas realizem uma “declaração due dilligence” para garantir a origem “livre de desmatamento” dos produtos agrícolas importados, entre eles soja, gado, cacau, feijão e café, entre outros.

Desde então, o Brasil, maior produtor de café, tem acompanhando as discussões mundiais sobre o tema e possíveis impactos aos produtores. No evento, o país foi representado pelo Conselho Nacional do Café (CNC).

Nele, a diretora Natália Carr fez uma apresentação produzida pelo CNC com soluções de direcionamento de estratégias e apontamentos das ações do setor cafeeiro do Brasil rumo a uma produção cada vez mais sustentável, em todos os seus pilares: econômico, social e ambiental.

Para o CNC, as sanções da EU não afetam a produção nacional. Em nota, emitida ainda em dezembro, a entidade disse que a preocupação, principalmente no Cerrado – que não foi incluído no texto – é desnecessária.

“Reiteramos que a cafeicultura não promove desmatamento. Muito pelo contrário. Nos últimos anos avançamos substancialmente na produção sustentável”.