Produtores de cacau protestam contra importação de amêndoas africanas

Seagri realizou reunião com representantes da cadeia produtiva para discutir a situação

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"Nosso objetivo foi o de chamar atenção das autoridades dos graves riscos que estamos correndo”, diz Vanuza Barroso, da ANPC. (foto - ANPC)

"Nosso objetivo foi o de chamar atenção das autoridades dos graves riscos que estamos correndo”, diz Vanuza Barroso, da ANPC. (foto - ANPC)

01deMarçode2023ás11:48

Produtores de cacau da Bahia realizaram ontem (dia 28) uma manifestação no qual pedem maior atenção das autoridades políticas diante dos riscos fitossanitários com a importação de amêndoas de cacau, em especial da Costa do Marfim. 

O evento foi organizado pela Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC), na região portuária de Ilhéus (BA), e refere-se a aprovação da Instrução Normativa Nº 125 (IN125), publicada pelo governo passado, que permitiu a entrada do cacau africano no Brasil.

Segundo a ANPC, a IN retirou a exigência fitossanitária para a importação das amêndoas do país africano, fato que ignora os riscos de trazer para o Brasil pragas e doenças quarentenárias (não existentes por aqui) como a Striga spp e a Phytoptora Megakaria.

Essas pragas poderiam contaminar a produção de cacau e de outras culturas como soja, milho, arroz, feijão, cana-de-açúcar e sorgo”, alerta a entidade.

Ainda de acordo com a ANPC, o Brasil tem rígidas leis ambientais que fazem com que os produtores conduzam suas lavouras da forma mais sustentável possível.