Agro gerou 359,6 mil empregos formais entre 2019 e 2022, aponta FGVAgro
Agricultura e agroindústria atingiram números recordes no ano passado
|Ainda segundo a FGV, dentro da Agropecuária, o resultado foi puxado pelo crescimento da Agricultura (5,7%). (foto - Sistema CNA/Senar)
Estudo divulgado nesta quarta-feira (dia 5), pelo Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGVAgro), aponta que o agro brasileiro (somando campo e indústria), entre 2019 e 2022, criou 359,6 mil postos de trabalho formais.
O número, destaca a FGV, indica crescimento acumulado de 2,5%, superando o nível de pessoal ocupado antes da pandemia de covid-19, com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
A expansão decorreu do crescimento dos ocupados nos dois principais segmentos do setor: 2,8% na Agropecuária e 2,1% na Agroindústria.
De acordo com Felippe Serigati, coordenador do estudo e pesquisador do FGVAgro, a forte e estrutural expansão e desenvolvimento do universo agro brasileiro tem claros reflexos sobre o mercado de trabalho do setor.
“Um dos aspectos é justamente a intensa incorporação de profissionais formais, com maior qualificação e que acessam remunerações mais elevadas. O presente estudo trata precisamente do acelerado Processo de formalização da população ocupada associada ao setor”, diz.
Serigati explica que a pesquisa faz parte de novo um monitoramento trimestral e contínuo do FGVAgro a respeito do mercado de trabalho do universo agro. “Esse monitoramento dialoga integralmente com as demais informações do IBGE (fonte original dos dados -- PNAD Contínua), bem como com o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), também do FGVAgro.”
Saem informais, entram os formais
O levantamento revela uma forte substituição de trabalhadores informais (sem carteira assinada) por profissionais formalizados, com direito trabalhistas, maior estabilidade e melhores remunerações.