Redução na safra de café: clima é maior vilão?

CNA faz radiografia da cafeicultura brasileira e lista prioridades o setor

|
Segundo a pesquisa, predomina nas propriedades cafeeiras a colheita manual (72%). Na imagem, processo de secagem do grão. (foto - CNA/Senar).

Segundo a pesquisa, predomina nas propriedades cafeeiras a colheita manual (72%). Na imagem, processo de secagem do grão. (foto - CNA/Senar).

14deAbrilde2023ás16:03

Apesar da bienalidade positiva, na comparação com a média dos últimos quatro anos, a colheita da safra de café 2022/2023 ficou muito abaixo da média para 16,2% dos produtores brasileiros e dentro da média para outros 46,8%. 

Os dados são parte de levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária Brasileira (CNA) em parceria com o Portal Café Point, com objetivo de elencar as atuais prioridades do setor. 

“Do inverno de 2020 a primavera de 2022, importantes regiões cafeeiras sofreram com estiagem severa, ocorrência de geadas, além de granizo e temporais. Em comparação com a última safra cheia, o impacto no potencial produtivo dos cafés do Brasil corresponde a uma redução de 12 milhões de sacas”, diz a assessora técnica da CNA, Raquel Miranda. 

Não por coincidência, o desenvolvimento de novas tecnologias e o estimulo à qualidade dos cafés, além da capacitação para exportação direta, são os temas considerados prioritários por 75% dos cafeicultores ouvidos pela pesquisa. 

Divulgada nesta sexta-feira (dia 14), que é o Dia Mundial do Café, a Pesquisa Cafeeira ouviu 474 produtores de café arábica e conilon de dez estados brasileiros (Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins), entre 1º de outubro a 16 de dezembro de 2022.

De acordo com o levantamento, as condições climáticas prejudicaram o potencial produtivo das lavouras de café na safra 2022/2023.