Saúde pede maior taxação para ultraprocessados com Reforma Tributária

Integrantes do Ministério da Saúde defendem que a proposta de Reforma Tributária, em análise na Câmara, aumente a taxação de produtos nocivos à saúde como cigarros, álcool e alimentos ultraprocessados. 

O pedido foi feito durante reunião na última quinta (dia 20) com a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2022, os preços dos alimentos ultraprocessados – assim como os das bebidas açucaradas - passaram a ser menores que os da chamada “comida de verdade”, o que incentiva o consumo.

A representante da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde na audiência, Letícia Cardoso, lembrou que os alimentos ultraprocessados, assim como álcool e o tabaco, estão ligados a doenças não transmissíveis como câncer, diabetes e cardiopatias e que é dever do Governo estudar formas de inibir o consumo.

"Cabe a nós o desafio de falar que esse tipo de sociabilidade não é produzido pela população, mas por indústrias que comercializam produtos baratos que são nocivos à saúde”, defendeu a deputada Ana Pimentel (PT-MG).

Segundo ela, é dever do Governo informar para a população sobre os riscos de certos hábitos de consumo relacionado aos ultraprocessados, como “acontece em festas de família ou festas escolares, onde as crianças estão se articulando nos momentos mais felizes.”