Fávaro sugere flexibilizar protocolo da gripe aviária contra “colapso de abastecimento”

Apenas Brasil e outros três países estão livres da doença em granjas comerciais

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Gripe aviária tem notificação obrigatória, segundo a OMSA, pelo seu potencial de prejuízo econômico e risco à saúde pública.

Gripe aviária tem notificação obrigatória, segundo a OMSA, pelo seu potencial de prejuízo econômico e risco à saúde pública.

14deJulhode2023ás12:37

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu uma discussão mundial sobre crises sanitárias envolvendo produtos de origem animal a fim de flexibilizar os protocolos internacionais sobre a gripe aviária.

Segundo o ministro, o debate deveria ocorrer no âmbito da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como forma de se evitar um colapso no abastecimento global.

“Hoje o protocolo é muito rígido e até perigoso para a garantia de suprimento da carne de frango para o mundo. Aqui no Brasil, por exemplo, se ocorrer a gripe aviária em uma granja comercial no Amazonas, desliga a chave e todo o sistema está fechado”, afirmou.

Para Fávaro, as regras internacionais em vigor favorecem um colapso interno e também internacional. Isso porque o Brasil é um dos quatro países que ainda não foram afetados pela ocorrência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em granjas comerciais.

Os outros três são Paraguai, Austrália e Nova Zelândia, estes últimos do outro lado do mundo, na Oceania. A gripe aviária, também chamada influenza aviária, atingiu todos os continentes desde o início de uma pandemia no ano passado.

Desde o ano passado, a gripe aviária causou a morte e/ou o sacrifício de dezenas de milhões de aves selvagens e comerciais na Europa (onde 42 países reportaram a doença), América do Norte e Ásia. Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 34 milhões de aves foram sacrificadas nos últimos meses.